É possível adquirir bens ou serviços de inúmeras maneiras, e contratar um consórcio é uma delas. Hoje, o sistema é cada vez mais valorizado por pessoas que querem comprar imóveis sem encarar os tradicionais juros de um parcelamento. No entanto, assim como qualquer forma de negociação, lidar com consórcio exige atenção para não trazer problemas ao consumidor.
Para quem quer se beneficiar do sistema com segurança e tranquilidade, listamos hoje 8 erros que devem ser evitados durante o contrato. Confira!
Atraídas por propostas aparentemente vantajosas, muitas pessoas contratam um consórcio sem ao menos pesquisar a idoneidade da administradora. Isso é perigoso porque deixa os consumidores sujeitos a negociações duvidosas e sem qualquer garantia de retorno do investimento.
Felizmente, é possível encontrar representantes de confiança a partir de uma breve pesquisa de mercado. Para isso, você pode verificar a credibilidade da administradora em sites de avaliação de serviços e em órgãos de proteção ao consumidor. Além de considerar depoimentos de outros consumidores, certifique-se de que a administradora tem autorização do Banco Central para executar operações de consórcio.
A fim de conseguir mais clientes, uma administradora de consórcio pode tentar te atrair com promessas pouco realistas. Antes de concordar com o negócio, avalie o contrato para saber como funcionará cada etapa e não cair em conversa fiada.
Não acredite em vendedor que garante a contemplação por sorteio em tempo curto. Considere que, com exceção de quem dá um lance, todos os consorciados estarão concorrendo em total igualdade de condições. Logo, é impossível prever a data em que cada pessoa receberá sua carta de crédito.
Quem busca o consórcio como opção para comprar bens e serviços sabe que a ausência de juros sobre as parcelas é uma grande vantagem. Porém, esse benefício se perde quando o participante se descompromete e não cumpre com o prazo estabelecido para o pagamento das prestações.
Nessas condições, o prejuízo pode surgir tanto para o participante inadimplente (na forma de multa) quanto para o grupo inteiro (com o aumento da taxa de reserva a ser paga). Nos casos mais graves, em que o atraso se torna um hábito frequente, o consorciado pode até ser expulso do grupo e vir a receber seu dinheiro somente após o término daquele consórcio.
Quem contrata consórcio precisa estar ciente de que esse tipo de investimento costuma ter resultados a longo prazo. Sendo assim, não é indicado para pessoas que precisam comprar bens ou serviços com urgência. A maioria das contemplações é feita a partir de sorteio entre os participantes, ou seja, nem todos terão a chance de receber a carta nos primeiros meses.
Aqueles que apostam em um bom lance como forma de obter o crédito antes do tempo também precisam considerar a possibilidade de outros participantes oferecerem um valor superior ao seu. Como nada é garantido, ter paciência durante todo o processo é fundamental para evitar desapontamentos.
Quem opta por contratar um consórcio geralmente o faz para obter bens e serviços de alto valor. Consequentemente, o tempo de pagamento da cota tende a durar alguns anos até que todos os participantes sejam contemplados com o benefício da carta de crédito. Para aqueles que ignoram esse fato, as chances de comprometer as finanças pessoais e cair em dívidas é maior.
Se você quer uma negociação mais segura, faça um planejamento financeiro antes de entrar em um grupo de consórcio. Assim, a escolha da cota poderá ser baseada nas condições da renda familiar e facilitar o pagamento das prestações. Por fim, quanto menores forem os imprevistos financeiros, maiores as chances de chegar ao término do consórcio e conquistar a sua carta.
Estar presente nas assembleias de grupo de consórcio é um dever e direito de cada participante. Ainda assim, é comum ver pessoas deixando esse encontro tão importante de lado. O problema é que faltar rotineiramente pode deixar o consorciado desinformado acerca das movimentações financeiras, obrigações e responsabilidades dos participantes e da administradora.
Além de propiciar o acompanhamento das questões burocráticas e o contato com documentos importantes do sistema de consórcio, uma assembleia pode ser o momento ideal para conhecer ótimas oportunidades de contemplação. Sabendo disso, faça um esforço para participar ativamente das discussões e valorizar seu investimento.
Ainda que um consórcio não cobre juros sobre as parcelas de investimento, sua operação envolve custos que devem ser considerados por pessoas interessadas em obter uma cota no sistema. Para intermediar as negociações do grupo, é necessário que os consorciados paguem uma taxa administrativa à empresa que os representa.
Além disso, muitas administradoras cobram taxas para garantir um fundo de reserva ao grupo de consórcio. Para um participante que tem conhecimento de cada valor cobrado e suas porcentagens, o custeio não se torna um problema. Se você também quer evitar imprevistos, se informe com antecedência para incluir todas as taxas nas previsões do seu planejamento financeiro.
O fato de um consórcio não envolver juros não significa que o valor das parcelas será sempre fixo. Isso porque, conforme o tipo de bem ou serviço a ser adquirido, o valor da prestação terá influência de determinados reajustes. O reajuste é necessário para que a carta de crédito não perca o seu valor de compra no mercado.
Um exemplo: os grupos de consórcio para compra de imóvel têm parcelas reajustadas anualmente pelo Índice Nacional de Custo de Construção. Somado a isso, é possível que a administradora também aumente o valor de algumas taxas para garantir recursos ao fundo de reserva. A vantagem é que, considerando a existência de todas essas variáveis, você se prepara com antecedência para pagar parcelas dentro do prazo sem que isso pese no bolso.
A conquista de um bem pode gerar grande ansiedade, especialmente quando se trata de algo importante para toda a família. Por esse motivo, é importante dispor de tempo para fazer pesquisas e tomar suas decisões com uma boa base de informações. Tenha paciência e garanta que a missão de contratar um consórcio seja simples e livre de dores de cabeça. E você, já considerou adquirir bens por meio de consórcio? Deixe um comentário!