As operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceram 2,4% em maio ante abril, totalizando R$ 376,529 bilhões no fim do mês passado, informou nesta quarta-feira, 25, o Banco Central. Em 12 meses, a expansão é de 30%. Segundo o BC, R$ 38,254 bilhões se referem a empréstimos a taxas de mercado e R$ 338,275 bilhões a taxas reguladas.
O BC deixou de incorporar nestes dados as operações com crédito livre, por serem residuais. As operações a taxas de mercado apresentaram crescimento de 1,4% no mês e de 26,8% em 12 meses. Já os financiamentos a taxas reguladas avançaram 2,5% ante o mês anterior e 30,4% em 12 meses.
Veículos
Já o estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física caiu 0,5% na passagem de abril para maio, informou BC. Com isso, o total de recursos para aquisição de automóveis por esse grupo de clientes ficou em R$ 188,075 bilhões no mês passado, ante R$ 188,971 bilhões em abril.
Em 12 meses, a queda é de 2,7% no estoque dessas operações. As concessões acumuladas em maio para financiamento de veículos para pessoa física somaram R$ 7,694 bilhões, o que representa uma alta de 1,4% em relação ao mês anterior (R$ 7,589 bilhões).
Spread
Ainda de acordo com os dados do BC, o spread bancário médio no crédito livre subiu de 20,1 pontos percentuais em abril para 20,7 pp em maio. O spread médio da pessoa física no crédito livre passou de 18,6 pp para 18,8 pp. Para pessoa jurídica, o spread médio subiu de 7,8 pp para 8,2 pp no período.
O spread médio do crédito direcionado subiu de 3,2 pp para 3,3 pp de abril para maio. O spread médio no crédito total (livre + direcionado) passou de 12,5 pp para 12,9 pp. O BC informou também que a taxa de captação dos bancos no crédito livre caiu de 11,6% ao ano para 11,3% ao ano no período.
Média diária
A média diária de concessões de crédito livre caiu 2,7% em maio em relação a abril, para R$ 13 bilhões, diz BC. Nos últimos 12 meses, há uma alta de 7,2%.
No crédito direcionado, a média caiu 3,6% de abril para maio. Em doze meses, há um crescimento de 15,8%.
Quando se junta o crédito livre mais o direcionado, a queda é de 2,8% em maio, com alta de 8,3% ao longo dos últimos 12 meses. O total das concessões diárias ficou em R$ 15 bilhões ao final de maio.
O juro médio do crédito livre para as famílias chegou a 42,53% ao ano em maio, depois de subir 0,5 pp ante abril. Essa é a maior taxa para o seguimento desde julho de 2011, quando os juros estavam em 42,67%. No cheque especial, a taxa de 168,50% ao ano é a mais elevada desde março de 2012, quando os bancos cobravam 170,10% por essa modalidade de crédito.