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Publicado na Quinta, 11 de dezembro de 2014, 14h18
Vendas de imóveis novos em SP caem 65,4% em apenas um mês

SÃO PAULO - O desempenho do mercado imobiliário na cidade de São Paulo desapontou novamente. Em outubro, foram comercializados 963 imóveis novos, o que representa queda de 65,4% comparado a setembro, de acordo com a Pesquisa do Mercado Imobiliário do Secovi-SP. Ante o mesmo mês de 2013, a redução foi de 55,4%. 

De janeiro a outubro, foram comercializadas 15.337 unidades residenciais novas, resultado 44,7% inferior ao mesmo período do ano passado.

Outubro foi o segundo pior mês do ano em termos de comercialização no município de São Paulo, depois de dois meses de recuperação do mercado. "Dois finais de semana, que representam os melhores dias para o mercado imobiliário, foram dedicados à votação em primeiro e segundo turnos das eleições presidenciais, as mais disputadas dos últimos tempos e que trouxeram certa insegurança quanto ao futuro do País", pondera Petrucci.

O VGV (Valor Global de Vendas) atualizado pelo INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) indica que os valores comercializados em outubro totalizaram R$ 531 milhões. - queda de 63% em relação ao mês anterior e valor 55,6% menor que o apurado em outubro de 2013.

O mês de outubro também teve queda nos número de residenciais lançados. Foram 2.336 unidades lançadas no mês, conforme dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), volume 41,9% inferior a setembro e 20,9% menor que o apurado em outubro do ano passado.

Por tipologia, do total das vendas no mês, 40% foram de unidades de 1 dormitório, 35,6% de 2 dormitórios, 20,5% de 3 dormitórios e 4,3% de 4 ou mais dormitórios.

Apesar dos resultados ruins do ano, o presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes, prevê recuperação nos últimos meses do ano. "Em outubro, foi interrompida a reação que o mercado apresentou no início do segundo semestre", justifica Bernardes. "De qualquer forma, em novembro e dezembro o desempenho do mercado deve melhorar em relação ao décimo mês do ano, o que, ainda assim, será insuficiente para recuperar as perdas do primeiro semestre", disse, acrescentando que o desempenho do mercado deve fechar o ano com queda significativa.