SÃO PAULO - O estado de São Paulo deve receber 1,1 milhão de metros quadrados em condomínios logísticos em 2015, um crescimento de 15,5% na entrega de novos empreendimentos em relação a 2014, segundo levantamento da Herzog Imóveis Industriais e Comerciais. O estudo abrange a cidade de São Paulo e regiões do interior localizadas num raio de até 150 km da capital, incluindo a Grande São Paulo.
De acordo com a Herzog, a taxa de vacância dos condomínios industriais e logísticos no recuou 2,1% no Estado, em relação a 2013, e encerrou o terceiro trimestre com 17,74%. A média de preços dos aluguéis ficou na faixa de R$ 23/m². “O valor de pedida dos aluguéis segue estável, porém a margem de negociação está agressiva, pois além de descontos, os ocupantes conseguem prazos extensos de carência nos contratos”, disse Simone Santos, diretora de serviços corporativos da Herzog.
Até o terceiro trimestre, a entrega de novos empreendimentos chegou a apenas 550 mil m². “Os cronogramas de muitas empresas sofreram alterações, em razão do desempenho da economia, porém há a expectativa de retomada em 2015, ainda que em um ritmo inferior ao verificado em anos anteriores”, explica Simone.
O Estado de São Paulo possui um estoque total de 6,973 milhões de metros quadrados de galpões em condomínios industriais e logísticos. Destes, 63,2% (4.406.000 m²) estão em cidades do interior, 27,4% (1.915.000 m²) na Grande São Paulo e apenas 9,3% (651.000 m²) na capital.
Interior
Segundo o levantamento da Herzog, as cidades do interior foram responsáveis por 85,6% do novo estoque recebido até o terceiro trimestre de 2014, com 471 mil m². Até o final do ano, a expectativa é que a região receba mais 192 mil m². Para 2015, o setor prevê uma redução de 5,7% na entrega de novos empreendimentos, que deverá totalizar 625 mil m².
Aproximadamente 50% do estoque total do interior foi entregue nos últimos quatro semestres, o que colaborou para a taxa de vacância atual de 22,39%. “Este número está bem acima do ideal para um mercado equilibrado, que deveria apresentar índices na casa dos 10%”, comenta a diretora da Herzog.