SÃO PAULO – Segundo estudo da consultoria imobiliária Savills, o valor do estoque de casas de Londres totalizou £1,5 trilhão no ano passado. Esse valor corresponde a US$ 2,2 trilhões e equivale ao PIB (Produto Interno Bruto) anual do Brasil ou à soma do PIB da Colômbia, Argentina e México.
Desde 2009, o valor da propriedade residencial londrina cresceu 61%, dos quais 20% foram em 2014. A média do Reino Unido foi de 10% no ano passado e 20% nos últimos cinco anos. O boom imobiliário na cidade vem acontecendo há um bom tempo, principalmente pelas políticas de expansão monetária instauradas no pós-crise – que acabaram por deixar os juros próximo de zero e criar uma abundância de crédito fácil para a compra de imóveis.
Não somente isso, as políticas também reduziram outras oportunidades de investimentos, resultando em valorização de certos ativos considerados mais seguros, como os imóveis. Junto da dificuldade de construção e falta de habitação que já existe em Londres, o problema foi agravado.
Os jovens londrinos e de menos posses já receberam o nome de “geração aluguel”, já que comprar a casa própria é uma realidade cada vez mais distante. A situação que a cidade enfrenta é de uma bolha imobiliária já antiga – mas sinais indicam que o aumento tem sido menor e um ajuste pode ocorrer.