A Caixa Econômica Federal informou que os funcionários envolvidos nas fraudes de financiamentos de imóveis em três agências do banco foram demitidos e suspensos. Na manhã desta terça-feira, 17, a Polícia Federal deflagrou a Operação Dolos em três Estados (Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais) contra esse grupo que fraudava a concessão de crédito imobiliário. Segundo a PF, o prejuízo é estimado em R$ 100 milhões.
"O banco já submeteu os empregados envolvidos a processo de apuração interna, que já resultou em demissões e suspensões", afirmou a Caixa, em nota. Além de mandados de busca e apreensão, a PF afastou dez empregados públicos, incluindo gerentes regionais da Caixa. Os investigados são indiciados por associação criminosa, falsificação de selo ou sinais públicos, falsificação de documentos públicos, peculato, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de capitais.
As fraudes, disse a Caixa, foram identificadas pelo banco por meio de mecanismos de controle interno. A instituição encaminhou uma "notícia-crime" à PF para apurar a ação criminosa. Os funcionários facilitavam a liberação do crédito, sem garantias e aceitando documentos falsos, em contratos de até R$ 1 milhão. Em alguns contratos, os bens dados como garantias não existiam. A PF informou que a liberação dos recursos se dava em um prazo menor do que quatro dias - geralmente leva um mês no Rio. A maioria dos imóveis estaria localizada na Região dos Lagos (RJ).
Além do afastamento dos empregados, a PF cumpriu 31 mandados de busca e apreensão, apreendeu 20 veículos e bloqueou dezenas de contas correntes. A Caixa ressaltou que continuará "contribuindo integralmente" para investigações da PF.