SÃO PAULO – Começa a valer em 1º de outubro a nova classificação para Fundos Imobiliários definida pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Dividido em dois níveis de informação, o modelo tem o objetivo de retratar as estratégias e riscos dos produtos ao investidor, permitindo uma melhor comparabilidade dos fundos.
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“A nova classificação tem como objetivo criar elementos de comparação para cada um dos fundos, dando chance aos investidores que não institucionalizados, de comprar, em um primeiro momento, todos as classificações de fundo e ver qual melhor se encaixa em suas expectativas de retorno e perfil de investimento”, diz Rodrigo Machado, vice-presidente do Comitê de Produtos Imobiliários.
O primeiro nível da classificação é chamado de “mandato” e determina o objetivo do fundo de acordo com a finalidade do investimento. Por exemplo, se o fundo aplica seu patrimônio líquido em imóveis para locação ou arrendamento, visando a geração de renda para o investidor, ele é classificado como “Fundo imobiliário de renda”. São cinco tipos de mandato que um fundo pode se enquadrar:
Já o segundo nível classifica o fundo por tipo de gestão: passiva ou ativa. É considerada passiva quando o gestor especifica em seus regulamentos o imóvel ou o conjunto de imóveis que comporá sua carteira de investimento ou aqueles que têm por objetivo acompanhar um indicador do setor.
Já os produtos de gestão ativa são todos que não seguem esses critérios. “Fundos de gestão ativa podem sofrer mudanças durante os anos, sendo possível incluir ou retirar outros ativos, construir novos empreendimentos e mudar os objetivos, alterando de renda para desenvolvimento de renda e assim por diante”, explica Rodrigo. .
Em relação a situação do mercado de fundos imobiliários, até julho deste ano eram 258 fundos, contabilizando R$ 60,9 bilhões de patrimônio líquido, maior valor desde 2005 quando o número de fundos era de 63 e patrimônio líquido de R$ 2453 milhões.
Por outro lado, o volume de emissões deste ano, até julho, chegou na casa dos R$ 4,5 bilhões, menor patamar desde 2008, quando o volume foi de R$ 677,72 milhões e mais de R$ 11 milhões abaixo do pico de emissões, que ocorreu em 2011, e foi de R$ 16 bilhões.
O mercado está passando por um momento de transformação, segundo Machado. Para ele, investidores que não possuíam domínio do mercado de fundos estão dando lugar a investidores sofisticados, os descontos estão atingindo altos níveis, além dos retornos que, mesmo menores, ainda são significativos. “O que o investidor precisa ter mente é que a indústria imobiliária é suscetível a situação macroeconômica e que o retorno será de longo de prazo. Quem quiser começar a investir precisa entrar com cuidado e entendendo profundamente como os FII funcionam”, conclui Rodrigo.
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