SÃO PAULO - O investimento em imóveis sempre foi associado a aplicação segura, por representar uma reserva patrimonial que tem a tendência de se valorizar em médio e longo prazo. Contudo, o cenário atual do mercado imobiliário, depois de uma explosão de preços nos últimos anos, se mostra bastante desafiador. Os preços já perdem feio para a inflação e em algumas cidades o valor dos imóveis já começa a cair nominalmente.
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“Para evitar surpresas, é preciso que o investidor tome alguns cuidados, mantendo-se atento à dinâmica do mercado, que pode apresentar boas oportunidades de negócios mesmo em períodos de retração”, diz Flavio Figueiredo, diretor da Figueiredo & Associados e conselheiro do IBAPE/SP (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo). “Para realizar um bom investimento, a pessoa deve, em primeiro lugar, ter um objetivo bem definido. É preciso diferenciar a compra de imóveis para o uso próprio, para venda com lucro ou para obter rendimentos com aluguel. Também é preciso avaliar se vale mais a pena construir ou comprar um imóvel pronto”, acrescenta.
Contudo, qualquer que seja o objetivo, o investidor precisa entender que há preceitos básicos que devem ser seguidos, como observar a perspectiva de evolução da região nas questões urbanísticas e de valores, evitando assim localidades deterioradas e nas quais os investimentos de infraestrutura estão estagnados.
No caso de investir para aluguel, é preciso verificar, além da qualidade do imóvel, as perspectivas de rendimento do mercado de locação, checando por meio de estudo prévio o patamar de oferta e procura. “Também não se deve analisar a rentabilidade do investimento com cálculos baseados somente na renda bruta aplicada. Esse é um erro que pode levar a prejuízo”, explica Flavio.
Um dos paradigmas comuns que o mercado imobiliário estabelece diz que construir para vender é mais rentável do que comprar o imóvel pronto e revender. No entanto, em momentos de alterações no mercado, é indicado reavaliar alguns modelos de investimento, já que, quando a oferta é grande, construir pode se tornar mais caro do que comprar um imóvel pronto, explica Figueiredo.
Para o especialista, não há razões para que turbulências do mercado tirem do investimento imobiliário sua principal característica, que é a segurança patrimonial de nongo prazo. No entanto, é necessário que o investidor tenha muito mais cuidado neste momento de baixa do mercado imobiliário, para evitar fazer negócios precipitados e acabar com prejuízos futuros.
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